20/11/2009

Associação Vicentina realiza trabalho unédito com familiares de deficientes


Um grupo de mães que enfrentavam várias dificuldades com os filhos portadores de deficiência, em especial, o autismo, decidiram reunir suas forças. Nasceu então a Amadef (Associação de Mães e Amigos dos Deficientes e Familiares). Desde 2005, a entidade realiza um trabalho inédito na Região, não apenas na recuperação das crianças e adolescentes, mas dando suporte psicológico e estrutural para 184 famílias de São Vicente.
“A entidade nasceu com uma mãe querendo ajudar a outra. Fazíamos bingo, feijoada, para comprar aparelho para as crianças”, conta Maria Aparecida Miguel Machado, fundadora e presidente da Amadef. “Nesse convívio percebemos as dificuldades que cada mães passava e resolvemos nos ajudar e trazer outras pessoas que estivessem com o mesmo problema”.Para atender o número elevado de famílias, a Amadef alugou uma casa, onde fica sua sede, na Rua Carijós, 1131, no bairro do Jóquei Clube. Além de fortalecer as mães e dar diversos tipos de suporte, como arrumar condução para tratamento em São Paulo, a associação conta atualmente com fisioterapeuta, psicopedagogo, assistente social voluntários.“A maioria das mães chegam na associação com a auto-estima lá embaixo. A maioria não tem marido, que abandonam a criança quando sabe que ela está com alguma deficiência. Nós conversamos, mostramos nossas histórias e que a deficiência não é um transtorno, mas um dom que a gente não percebe que eles têm”, diz Maria Aparecida.Segundo Manuel Vásquez Gil, psicólogo e pai, que faz trabalhos sobre autismo e dá palestras na Associação de forma voluntária, os principais problemas se encontram em adolescentes acima dos 12 anos, que já não são mais assistidos pelo sistema público. “Como o autismo necessita de muitos profissionais, nosso trabalho é focado nas mães e professoras. Nós capacitamos elas a fazerem um trabalho que a fisioterapeuta, a fonoaudióloga fariam. São profissionais gratuitas que fazem tudo com amor”.Manuel diz que São Vicente deve possuir cerca de 4 mil pessoas com autismo, já que a média corresponde a 1% da população. “Muitas pessoas não procuram, não sabem. Algumas famílias escondem a criança ou dão remédio para ficarem quietas. Ela cresce sem tratamento e acaba ficando com uma deficiência mental de verdade”, alerta.O sonho da Amadef é ter uma sede própria. Atualmente, para sustentarem a Associação, os pais e amigos realizam feijoadas, eventos e também contam com a colaboração voluntária das pessoas.Projeto GirassolUm projeto inédito realizado pela Amadef é o “Girassol”. No final de cada mês há a realização de um baile organizado pelos próprios adolescentes com deficiência. “Eles decidem o tema, como vão enfeitar, as músicas, tudo sozinhos”, conta a presidente da Amadef. A idéia do projeto é ensinar autonomia para eles. A partir daí, é visto como eles se comportam e o que precisa ser trabalhado.
In Jornal Vincentino - Brasil

Autismo - E se nunca se esquecesse de nada?

Floy e Kay, duas irmãs gémeas dos EUA, são autistas e têm a síndrome de Savant. Uma combinação que lhes dá a capacidade única no mundo de não se conseguirem esquecer de nada desde que nasceram, possuindo assim, uma memória extraordinária.
O cérebro das gémeas armazena toda a informação como se de um computador se tratasse. Os cientistas afirmam que são um caso único em todo o mundo.
Basta dizerem-lhes uma data e elas sabem exactamente o dia da semana, lembrando-se ainda do tempo que fez em determinada data. As gémeas conseguem ainda, por exemplo, decorar as cores dos fatos dos apresentadores que vêm na televisão.
A Síndrome de Savant é considerada um distúrbio psíquico com o qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um défice de inteligência. As habilidades destas pessoas são sempre a memória extraordinária ligadas a uma compreensão do que está sendo descrito.
Os portadores de Síndrome de Savant são um mistério que fascina e intriga a ciência. Donos de uma memória extraordinária e são capazes de decorar livros inteiros depois de uma única leitura, eles possuem ao mesmo tempo grandes défices de desenvolvimento, como uma grande dificuldade para falar e se relacionar socialmente.